A inquietude criativa de Gabriel Mota

O criativo de 20 anos, nascido e criado em Nilópolis, na Baixada Fluminense do Rio, é multidisciplinar e, segundo ele, a arte o cerca desde sempre. Hoje, seu trabalho permeia entre cinema, fotografia, direção criativa, styling e pintura. Recentemente, publicou seu editorial autoral “TERRENO”, que une moda e esporte em um só lugar.

Conversamos com Gabriel sobre suas referências, expressões criativas e um pouco mais sobre “TERRENO”. Confira abaixo a conversa com o artista:

Você transita em várias áreas, desde a pintura, fotografia e direção criativa. A arte sempre esteve presente na sua vida? Qual foi seu primeiro contato, num geral?

Mesmo que de forma inconsciente, a arte, já me rodeava e me despertava aspectos sensoriais, que sempre me deixavam com uma pulga atrás da orelha. Acredito que meu primeiro contato com arte foi através da música, sempre devorei e isso é bem presente em todas as minhas criações.

Você se identifica mais com alguma expressão artística específica ou gosta de ser criativo em qualquer âmbito da sua vida?

Gosto de ser criativo em qualquer âmbito da minha vida. Sempre fui um cara inquieto e curioso, essa inquietude se mostra presente desde que me entendo por gente e a curiosidade chega como uma ótima aliada.

Quais são suas inspirações para fazer o que faz? E onde você busca referências para cada projeto que realiza?

Minha inspirações surgem do meu entorno, sempre vejo meus amigos como minhas referências, independente do que cada um faça, eu observo todos e encontro inspiração em cada um. Acho que minhas referências sempre partem da música, meus ídolos me inspiram: BK’, Anderson Paak, André 3000… Todos eles, me ajudam na síntese de como quero construir uma atmosfera única para que outras pessoas possam digerir de formas completamente diferentes, gosto do contraste das coisas, poder unir esses contrastes se que eles se percam, acaba se tornando “brincadeirinha” pra mim.

Seu último editorial autoral, “TERRENO”, representa os quatro elementos naturais: fogo, terra, água e ar. Como foi seu processo criativo por trás disso tudo?

Confesso que foi bem rápido todo esse processo de criação de TERRENO, eu já tinha uma pré-definição em mente e também sabia onde atingir, mas queria criar camadas sobre um mesmo assunto. Convoquei meus amigos, todo mundo curtiu a idéia, nos unimos e realizamos, todo mundo curtiu o resultado, foi gratificante trabalhar dessa forma.

“TERRENO” une moda e esporte num editorial cheio de níveis. Como essa combinação em um editorial pode explorar diversas camadas de significado e profundidade visual?

Essa combinação de fatores e camadas sobre um mesmo assunto foi proposital. Minha intenção era ser didático e ao mesmo tempo entreter, uso do viés artístico para poder realizar isso, sem medo de errar. Sobre a profundidade visual: eu criei cenas estáticas, como frames de um filme, causando essa sensação de movimento, mesmo que congelado, algumas fotos tem referências de revistas antigas de esportes. No fim, eu trouxe a moda; o esporte; a energia de forma metafórica e os elementos naturais no mesmo assunto. Acredito que “TERRENO”, apesar da rapidez do processo, foi o meu trabalho mais sólido e consistente, por atingir diversos assuntos.

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