Um papo com Pedro Scooby sobre a Bvlgari

Uma das coisas que sempre me motivou a criar e desenvolver projetos são as trocas com as pessoas que conheci ao longo desses anos. Acredito que boas histórias têm o poder de nos inspirar de forma única — ainda mais quando são contadas por ícones. Surfista de ondas gigantes e amigo oficial da marca, Pedro Scooby é uma dessas histórias vivas. Um cara que sabe conversar, ouvir e fazer com que todos ao seu redor se sintam à vontade — o famoso “sinta-se em casa”, basicamente.

E foi exatamente assim que me senti enquanto procurávamos um espaço silencioso na Pinacoteca de São Paulo para conversar sobre a relação entre Pedro e a Bvlgari. Recentemente, a marca firmou uma parceria com a Pinacoteca e celebrou a ocasião com um jantar de gala que marcou a revelação das primeiras obras restauradas pelo Laboratório de Conservação e Restauro da instituição com apoio da Bvlgari.

Entrevista – Pedro Scooby para Bvlgari na Pinacoteca de São Paulo

Bruno: Pedro, pra começar: como começou sua relação com a Bvlgari, sendo amigo da marca, e o que te conquistou logo de início?

Pedro Scooby: A Bvlgari já fala por si só, né? É uma marca incrível, com uma história enorme. Tenho muito orgulho de fazer parte disso — já vai fazer cinco anos dessa relação. O primeiro trabalho que fiz com a Bvlgari foi em Nova York, em 2020, para a coleção B.Zero1, que é a minha favorita. Pra mulher, confesso que minha preferida é a Serpenti, sem dúvidas. Fui pra Nova York, o trabalho foi incrível, e logo depois veio a pandemia — um mês depois, tudo fechado, o mundo parou. Mesmo assim, a Bvlgari curtiu o resultado e quis continuar comigo, fazendo projetos pontuais. Com o tempo, essa relação foi ficando cada vez mais verdadeira, mais intensa, e chegou um momento em que a gente pensou: “vamos parar de fazer só ações pontuais e transformar isso em algo anual, contínuo”. E foi o que aconteceu. Estamos juntos há cinco anos e vivi momentos incríveis com a marca, vendo coleções sendo lançadas, participando de eventos em vários lugares do mundo. Estar aqui hoje, em mais um evento, é demais.

Bruno: E ao longo desses cinco anos, o que você percebe que só dá pra entender quem vive a marca por dentro?

Pedro Scooby: Acho que uma das coisas que mais marcam quem vive a Bvlgari de perto é o amor pela arte. E é curioso estarmos aqui na Pinacoteca, porque faz todo sentido: a Bvlgari não cria apenas joias para vender — tudo envolve arte, sentimento, cuidado. Esse amor pela arte é o que mais me encanta. E não é só nas joias. A marca leva essa sensibilidade pra outros universos, como hotelaria e gastronomia. Já me hospedei em hotéis da Bvlgari e posso dizer: o de Bali é o lugar mais bonito que já estive na vida. Ali, a arte está em cada detalhe. Além disso, a Bvlgari sempre traz artistas para colaborar — grandes nomes, mas também artistas emergentes, dando visibilidade pra gente nova. Estive em Seul num evento com o Sadeck Berrabah, e foi incrível ver como a marca cria essas pontes entre luxo e expressão artística. Tudo na Bvlgari respira arte.

Bruno: E a peça de design da Bvlgari que mais marcou a sua jornada com a marca?

Pedro Scooby: Eu diria que são duas. A que eu mais gosto é o Octo Finissimo em ouro rosé. Desde o início eu ficava de olho nele, e alguns anos depois fui presenteado com o relógio — foi muito especial. Mas a peça mais importante pra mim é o meu primeiro presente da Bvlgari: um Aluminium. Na parte de trás está gravado “Bvlgari for Pedro Scooby”. É simbólico, tipo “bem-vindo à família”. E tem mais uma peça que tem um valor sentimental enorme: minha aliança. A minha e a da minha esposa são Bvlgari — a dela é uma B.Zero1 cravejada de diamantes. Isso traz esse lado familiar e emocional pra relação com a marca, o que é lindo.

Bruno: E esses anos todos, tem algum momento de bastidor, viagem ou campanha que você guarda com carinho?

Pedro Scooby: Difícil escolher um só, porque foram muitos. Mas a viagem pra Coreia do Sul foi muito especial. As ativações, os eventos, os passeios... a Bvlgari não levou a gente só pra mostrar jóias ou coleções — levou pra viver a cultura do lugar, conhecer a história. Tenho até uma foto com meu filho usando as joias da Bvlgari. Essa imagem é muito simbólica pra mim, representa bem essa conexão que a marca cria, algo que vai além do profissional.

Bruno: E os próximos passos depois desses cinco anos com a marca?

Pedro Scooby: Quero continuar contando essa linda história que a gente vem construindo. São cinco anos de muito aprendizado, e sinto que amadureci junto com a marca. Entrei como um menino e hoje me vejo evoluindo ao lado dela. Espero que venham muitos mais anos pela frente.

Bruno: Então combinado: no décimo ano, a gente se encontra pra celebrar.

Pedro Scooby: Fechado. No décimo ano, a gente se encontra aqui de novo (risos).

Fotos por André Ligeiro, Derek Fernandes e Paula Zorzi.