Oakley e esportes: um legado

Originalmente criados para surfista e pilotos de motocross, os óculos da Oakley ultrapassaram a barreira dos esportes radicais e hoje fazem parte da moda – um item muito visto pela quebrada até as celebridades. O que antes era um projeto pequeno, idealizado em sua garagem, Jim Jannard o transformou em uma marca mundial e muito adorada.

O começo

A marca, que começou em 1975 por Jim Jannard, era apenas uma empresa que vendia empunhaduras de guidão em eventos de motocross. Seu investimento inicial de $300 serviria para criar a primeira empunhadura que teria um design orbicular único.

Antigamente, as empunhaduras eram basicamente feitas de plástico, o que tornava o encaixe escorregadio. Assim, Jim acabou desenvolvendo um material chamado de Unobtainium, que ajudou a patentear o “The Oakley Grip” – uma empunhadura de motocross revolucionária.

Sua missão era “procurar problemas, criar soluções e envolver essas soluções em arte”.

Expandindo a marca

Após alguns anos, Jannard expandiu a Oakley para o ramo de óculos. Seguindo o mercado de motocross, ele desenvolveu o Oakley Goggle – limitado a algumas opções de cores, com plástico de alto impacto, leve e resistente. No entanto, eles ainda precisavam de ajustes.

Agora focando no mercado de BMX, Jim e uma equipe de vendas começaram a distribuir os goggles para os melhores pilotos de BMX. Porém, ao invés de usá-los, eles apenas deixavam os óculos sob seus capacetes. Isso foi uma jogada de marketing essencial que, sem querer, tornou os goggles desejáveis. Já em 1983, a Oakley resolveu abranger os óculos de esqui e snowboard, com o “The Frame”, com design semelhante das linhas de motocross.

Os óculos de sol

Durante uma viagem de carro, Jim teve a epifania de adaptar uma lente de um goggles de esqui para um óculos de sol. O “Factory Pilot Eyeshade” acabou nascendo e foi projetado especificamente para esportes de alta velocidade. Os óculos atingiram visibilidade mundial quando Greg LeMond venceu o Tour de France em 1985 usando um par.

No mesmo ano, a Oakley mudou completamente sua direção ao lançar o primeiro óculos de lifestyle no mercado – o “Frogskin”. Seus designs, diferentes dos clássicos da época, exploravam a estética neon e a combinação com equipamentos de alto desempenho.

Com o “sportsmarketing”, a Oakley abriu um novo caminho, fechando grandes acordos com as estrelas mais famosas dos esportes radicais na época. Foram esses talentos que impulsionaram os “Razor Blades” e o “Mumbo”, que ficaria conhecido posteriormente como “M Frame”.

Para o mainstream

Ao adquirir uma impressora 3D em 1992, a Oakley revolucionou o design da época, sendo a única marca de sportswear a investir na tecnologia. O modelo “Eye Jacket” foi o primeiro óculos a ser projetado com CAD e em uma impressora 3D. Com uma forma mais arredondada, o modelo adentrava a nova década.

O lançamento do modelo em 1994 fez a empresa explodir e sair do ramo de esportes radicais para o caminho de óculos de sol obrigatórios da época. A Oakley se tornou mainstream com a iniciativa de Jannard de colocar Michael Jordan como o rosto da campanha do Eye Jacket. Com fotos do próprio Jim, a nova estética era elegante e orientadas para o produto.

Nos anos 90, a Oakley já começou a invadir o mundo da televisão: Tom Cruise e o Oakley Romeo em ‘Missão Impossível 2’; Wesley Snipes e o Fours em ‘Blade’; Brad Pitt e o Mars em ‘Clube da Luta’. Obviamente, os ícones dos esportes continuavam a usar os óculos de sol tão queridos – Dennis Rodman popularizou mais ainda os modelos diferentes, como “Trenchcoat” e “Zero 0.3”.

Já nos anos 2000, a marca se inclinou ainda mais para o futuro quando apresentou os “OVERTHETOP” nos Jogos Olímpicos de Verão de Sidney. Ato Boldon, de Trinidad e Tobago, os usou para correr os 100 metros masculino. Esse lançamento reimaginou completamente o design dos óculos de sol no início do novo milênio.

Novos designs surgiam ao longo dos anos e ainda no começo dos anos 2000, a “Medusa” continua sendo um dos modelos mais icônicos já criado pela Oakley. Lançado em 2002, ele consiste em duas peças, um capacete e o óculos. Logo se tornou um clássico, com as tranças de couro que caiam do capacete.

No Brasil

Aqui na América do Sul, a Oakley encontrou seu pote de ouro na cena do Baile Funk. Desejada e popularizada pelos chavosos, Juliet é um dos modelos mais famosos entre a cena. Juntamente com camisetas, shorts, tênis e bonés da Oakley, a marca se viu expandindo sua influência em São Paulo.

O retorno

De volta ao holofote, a marca revive ícones que foram icônicos antigamente e claramente continua a introduzir novas tecnologias, como as lentes Prizm. Em seus 40 anos, a Oakley foi e ainda é conhecida por sua tecnologia, desempenho e claramente, seus designs atemporais.

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