Cosmopolitan Boys Sunday Snippets #020
Sempre tento fazer com que meus projetos e ideias caminhem, por mais que eu não esteja em um bom momento na vida pessoal, mas não é fácil e nem sempre é possível. A busca de uma relação mais honesta e menos mecânica com a criatividade também tem seu lado ruim. Mas acho que é pra isso que serve a disciplina - fazer o que tem que ser feito, faça chuva ou faça sol. Não vamos criar obras de arte todos os dias, mas em algum momento elas surgem pra quem continua pintando.
Cada tópico está dissecado um pouco mais. Clique nos links.
O QUE ESTOU LENDO
O artigo fala sobre a ‘ascensão e queda’, por assim dizer, da Pyer Moss, marca do Kerby Jean-Raymond que fez um barulho desde 2015 abordando temas raciais e colaborando com a Reebok (com distribuição global e produtos relevantes). Com o tempo, o projeto foi se tornando uma coisa muito mais sobre barulho online do que peças de fato materializadas e disponíveis para compra. A marca passou por problemas de produção, de controle de qualidade e de construção à longo prazo, e meio que entrou em um espiral negativo, até aparentemente ‘pausar’. Além de problemas referentes à ética de trabalho do fundador. São temas interessantes para também refletir sobre lados mais obscuros do mundo da moda.
David Dobson: Capturing Stüssy Around The World.
Sempre fui fascinado pelos lookbooks e propagandas antigas da Stussy, uma das marcas que mais moldou o streetwear como conhecemos hoje. Mas nunca tinha pesquisado a fundo sobre a pessoa por trás dessas campanhas e esse post apareceu pra mim no Instagram hoje. Ele se chama David Dobson e conheceu a marca pelas revistas de surfe da época e fez de tudo para entrar em contato com Shawn Stussy. Obviamente depois de anos ele conseguiu e passou a viajar em missões pelo mundo para ajudar comunidades locais e levava uma mala cheia de roupas da Stussy para distribuir e fotografar, isso explica as fotos de crianças e até idosos no Egito, Índia, Filipinas e etc. vestindo Stussy nos anos 80/90, o que misturou a estética da marca com uma abordagem mais documental e sensível. Uma aula de como fazer branding 30 e poucos anos atrás.
O QUE ESTOU OUVINDO
Sinto que gradualmente estamos voltando pra uma tendência de rappers com a caneta mais afiada. Ótimo trabalho do Niink com muitas linhas boas e honestas e um conceito e estrutura bem definidos.
Gritos do DJ Drama, referências de WWE, menções ao Virgil e beats do Statik Selektah com a voz estridente e os adlibs marcantes do Westside Gunn. Uma combinação maravilhosa.
Descobri essa menina por uma indicação aleatória do Youtube, vi que o clipe era gravado em película e tinha uma thumb bonita e cliquei. Uma das melhores surpresas musicais que tive recentemente. Tenho certeza absoluta que ela vai ser mainstream em algum tempo.
Disco obviamente muito bom e bem feito, mas não me pegou tanto infelizmente. Já ouvi algumas vezes e ouvirei mais algumas, mas provavelmente muito menos do que os outros.
O QUE ESTOU ASSISTINDO
Acordei com a notícia do falecimento dessa lenda. Sempre indico esse documentário, porque é um dos melhores que já assisti - além de ser uma vida/história genial, o documentário é muito bem feito e contado de uma forma muito foda que faz a gente entender a verdadeira importância do Quincy. Que bom que ele pôde ser homenageado em vida. Vai o homem e fica a obra, descanse em paz.
Tiger Hood: New York City's Famous Street Golfer | Localish
Descobri esse cara através do New York Nico. Ele basicamente joga golf com caixas de leite nas ruas de Nova York. Mas o detalhe é que ele também fotografa as ruas desde os anos 80 e tem um portólio absurdo de fotografia de rua. Ele acorda, vai pra rua jogar golf, vende seus prints e aparentemente é a pessoa mais legal do mundo, além de ter o nome mais foda também: TIGER HOOD.
Cypher mais recente da Victory Lap com uma seleção dos nomes mais promissores do rap underground de Londres.
Quase 20 anos atrás a Nike lançava esses comerciais de freestyle, tanto no futebol, quanto no basquete. E hoje a Corteiz os trouxe de volta em grande estilo e com grandes nomes do futebol masculino, feminino e da cultura, assim como também trouxe o Huarache cano alto de volta. Muito foda.
Não falei sobre isso, mas algumas semanas atrás tive a oportunidade de participar de uma conversa com a equipe da Nike Futebol de Oregon, que estava no Brasil para fazer pesquisas referentes as copas de 2026 e 2027. Foi uma experiência indescritível pra mim, tive uma das conversas mais fodas da minha vida, e, não bastante, peguei as chuteiras que vão ser usadas pelos atletas na mão (e opinei sobre elas). Uma das maiores reflexões que eu tive, é como a marca se movimenta com antecedência e de uma forma não óbvia. Tipo, antes de lançar o DN, eles precisavam tornar uma silhueta nova atrativa/interessante o suficiente para o público e plantar a semente na cabeça das pessoas - então tivemos a collab com a Supreme (marca parceira). É a Nike comunicando algo, sem necessariamente ‘falar nada’. Agora, temos um comercial de futebol freestyle com a Corteiz (outra marca parceira), que também começa a plantar uma semente no inconsciente coletivo sobre a copa e como a marca vai se posicionar, sem eles novamente 'falarem nada’. Todos esses movimentos são meticulosamente pensados e a gente nem imagina.
ONDE ESTOU INDO
Visitei pela primeira vez esse restaurante de comida brasileira e gostei muito. Me lembrou um pouco a comida do Jah Jah. A sub-chefe de lá foi uma das participantes da temporada atual do Masterchef. Comi a feijoada baiana, muito boa e diferente.
Rua Cardeal Arcoverde, 2773 - Pinheiros
Fui na loja da Carnan também pela primeira vez e achei linda, lembra uma casa. Se aproxima de uma loja que eu teria.
R. Cônego Eugênio Leite, 932
TWEETS DA SEMANA
https://x.com/anaswons/status/1853467106810949997
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