A Camisa do Tigre" homenageia e celebra a história de Arthur Friedenreich
Em 1919, Pixinguinha – um dos maiores gênios da música brasileira – compôs um Choro que se mistura com a história do futebol. É o clássico Um a Zero.
A canção foi inspirada por um evento marcante: o primeiro título importante do Brasil no futebol, naquele mesmo ano. A música foi composta para o gol do artilheiro e o primeiro grande ídolo do futebol brasileiro, Arthur Friedenreich, contra o Uruguai. A história diz que houve festa nas ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Era o início da popularização do futebol no Brasil. A modalidade se tornava um fenômeno de massas.
No começo do século XX, por suas origens, o Choro era marginalizado, assim como pessoas negras no futebol. É famosa a profunda comunhão entre a música e o futebol: ambos possuem o poder de dissipar os ódios e os preconceitos e, acima de tudo, promover a sonhada –e ainda não realizada- igualdade e união nacional.
No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra, e neste ano, com o intuito de ressignificar a história de Arthur Friedenreich ou “O Tigre”, craque dos anos 20 que foi impedido de participar do principal torneio da seleção em 1921 pois uma recomendação do então governo, impediu jogadores negros de defender o Brasil no futebol.
Para que a data, que é tão importante na história do Brasil, não passe despercebida em um momento que o país precisa mais do que nunca lembra-la o YouTube Shorts promove e celebra a história de Arthur “O Tigre” Friedenreich criando a “Camisa do Tigre”.
Celebrando a data de hoje, o rapper Djonga, conhecido pelas duras críticas sociais e ao sistema que oprime pessoas negras, foi convidado para participar da campanha e promove-la em um video.
