Entre moda e música, Mateca e Franco, The Sir! apresentam “Lado Chic”
A conexão dos artistas Mateca e Franco aconteceu de forma natural, como se fossem amigos de longa data. E foi através desse encontro de ideias e estilos que ‘Lado Chic’ surgiu — uma faixa musical que não só destaca a confiança e sofisticação , mas busca para redefinir o significado de ostentação dentro do universo do trap.

Para eles, ser chic esta além de posses materiais, é sobre escrever as próprias regras, traçar a própria identidade e se expressar de maneira autêntica. Mesmo em momentos de transição, Franco não se desviou do foco da mensagem e utilizou desse momento como combustível para criatividade, enquanto Mateca seguia consolidando sua identidade artística, equilibrando moda e música como extensões de uma mesma visão.
A troca intensa da dupla mantém o foco na faixa para a ressignificação da ostentação no trap e a faixa ‘Lado Chic’ não é só uma colaboração musical, mas um reflexo da jornada de dois artistas que entendem que o verdadeiro luxo está na liberdade de ser quem são. Conversamos um pouco com a dupla sobre o novo lançamento, confira abaixo:
Lado Chic surgiu de um encontro espontâneo no estúdio. Como foi essa sintonia entre vocês logo de cara?
Desde que encontrei o Franco e conheci ele pessoalmente, sempre digo muito o quanto eu me vejo nele. Nossa sintonia fluiu ao ponto de parecer que somos amigos há anos e como se fizéssemos som juntos com frequência—temos muito em comum.

A música celebra a autoconfiança e a elegância como afirmação. Como cada um de vocês interpreta esse conceito na própria vida e carreira?
Eu vejo a autoconfiança como essencial para enfrentar desafios e tomar decisões, enquanto a elegância vai além da aparência, refletindo como me comporto e trato os outros. Na minha vida e carreira, esse equilíbrio ajuda a construir relacionamentos sólidos e a alcançar meus objetivos de maneira autêntica.

Franco, você estourou recentemente e também se mudou para São Paulo. Como essa mudança tem influenciado sua música e seu processo criativo?
A principal influência que São Paulo exerce sobre mim é a velocidade em que as coisas acontecem, é tudo muito imediato, muita oportunidade boa. Isso acabou me deixando mais ligeiro e ao mesmo tempo mais dedicado, pela necessidade da cidade.

O trap sempre teve a ostentação como um dos seus pilares, mas vocês trazem um olhar mais subjetivo para isso. Como veem essa ressignificação dentro do gênero?
Vejo a ressignificação do trap como uma forma de mostrar que ostentação vai além dos bens materiais, focando na autossuperação, confiança e identidade. É sobre valorizar o que somos e conquistamos internamente, trazendo uma abordagem mais real e conectada com a cultura.

Mateca, em Lado Chic, você reforça que a verdadeira elegância está em escrever suas próprias regras. Qual foi o momento em que você percebeu que essa liberdade estética e artística era essencial para sua identidade?
Quando comecei a me libertar das expectativas externas e a me concentrar no que realmente queria expressar. No início, eu me via tentando encaixar nas fórmulas do que era "certo" ou "aceitável", mas com o tempo, entendi que a verdadeira autenticidade vem de ser fiel a si mesmo e criar sem medo de quebrar regras. Esse momento foi crucial para eu perceber que a verdadeira elegância está na liberdade de ser quem você é, sem precisar se moldar a padrões que não são seus.

Além da colaboração em Lado Chic, rolou alguma troca de aprendizado entre vocês nesse processo? Alguma visão nova que um trouxe para o outro?
Foi uma troca de aprendizado mútua. Eu trouxe minha visão de estilo e autenticidade, enquanto aprendi a experimentar mais e a explorar o novo sem medo de errar. Essa troca enriqueceu o processo criativo e trouxe uma energia renovada para o projeto e pra nós.

Franco, sendo uma das novas vozes do trap nacional, quais são os desafios e oportunidades que você tem encontrado nesse momento da sua carreira?
Nesse momento eu tenho conversado com diversas editoras e distribuidoras, mas a principal oportunidade é o contato com os artistas que eu admiro. O maior desafio provavelmente é o tempo, as coisas acontecem muito rápido, então às vezes a pressa atrapalha.

Mateca, sua relação com a moda sempre foi uma extensão da sua arte. Qual o papel da moda na evolução da sua trajetória?
A moda é uma extensão da minha arte, permitindo que eu expresse minha identidade e visão de mundo de forma visual. Ela tem um papel crucial na minha evolução, ajudando a comunicar minhas emoções e conectar com o público, tanto na música quanto na minha personalidade. Ela é parte do meu processo criativo e me ajuda a solidificar quem eu sou, dentro e fora da música.

Para além da moda e do visual, o que define o “lado chic” de cada um de vocês?
O "lado chic" de cada um de nós vai além da aparência, está ligado à nossa atitude, autenticidade e como nos relacionamos com o mundo. É sobre ter confiança, ser verdadeiro consigo mesmo e saber que a elegância não está apenas no que você veste, mas no jeito de viver, de se expressar e de lidar com as situações. É uma postura que reflete quem somos de verdade, sem se preocupar com padrões impostos.
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