“It's Always Burberry Weather: London In Love”, um papo com Micheal Ward
Na nova campanha da Burberry, o ator compartilha sua relação com a icônica marca britânica e sua trajetória no cinema. Ward relembra suas primeiras memórias com a Burberry, fala sobre a emoção de gravar cenas e sua admiração pelo trabalho de Daniel Lee e sua parceria com a atriz Amy Lou Wood. Além disso, reflete sobre sua carreira, relembrando o conselho valioso de seu mentor para sempre focar no ofício e manter a paixão pela atuação.
A entrevista destaca seu crescimento profissional, suas referências e a importância de nunca perder a essência ao longo do caminho. Confira:
Quando penso na Burberry, a primeira coisa que me vem à mente são os trench coats. Quando penso na Burberry, penso em algo sempre impecável. Estilo impecável. Corte impecável. Um tipo de vibe que combina com qualquer coisa. Também penso em me manter aquecido, e a Burberry te proporciona isso.
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Uma das minhas primeiras lembranças da Burberry é de um polo que um amigo meu tinha na época da escola. Ter algo assim na escola era um grande hype. Além disso, na música Ringtone, do Mover e Timbo, tem um verso que diz: “Burberry sitting on my collarbone, that’s just how it’s gotta go” (“Burberry no meu colarinho, é assim que tem que ser”). Lembro que, quando estava gravando a campanha, toquei essa música algumas vezes – foi um momento especial para mim. Ter essa memória de infância e depois fazer uma campanha desse nível foi surreal.
Fiquei realmente atraído pela campanha, além do fato de amar a Burberry e tudo o que eles estão fazendo na cultura atual. Quando penso em marcas de luxo britânicas, a Burberry é a primeira que me vem à cabeça. Sendo do Reino Unido e querendo alcançar grandes feitos, quero colaborar com marcas icônicas e pessoas talentosas como Daniel Lee e toda a equipe envolvida. O tema também foi empolgante, porque eu adoro uma boa comédia romântica.
Um dos meus momentos favoritos da campanha foi gravar a cena com a chuva artificial. Eu não sabia como seria a sensação e nunca tinha tido essa experiência antes, então foi algo bem único. Além disso, passar o dia com a Amy Lou Wood foi simplesmente divertido. Nós dois somos meio bobos, então o dia passou voando e, honestamente, eu faria tudo de novo.
A peça da Burberry que mais valorizo é meu trench coat – o que usei no meu primeiro desfile da marca, lá em 2019. Embora eu não o tenha mais... minha mãe meio que pegou para ela, para ser sincero. Sempre que a vejo usando, penso: “Esse trench é bonito mesmo.” Se não posso tê-lo, pelo menos ela pode – e isso é muito especial.
Minha coisa favorita para fazer no verão é viajar, mas se estou em Londres, gosto de curtir o sol com meus amigos, seja no parque ou em um bar na cobertura. Se estou com meus amigos e minha família, estou feliz.
Minha lembrança mais especial do verão foi aterrissar na Jamaica pela primeira vez em 2022. Foi muito emocionante. Voltar para lá pela primeira vez desde a infância – saí de lá com 4 anos e voltei com 24. Foi um grande verão para mim, um verão marcante, então nunca esquecerei esse momento, como me senti e o quão emocionante foi.
Um dos conselhos mais valiosos que recebi na minha carreira foi focar no meu ofício. Já ouvi isso de várias pessoas, mas a primeira lembrança que tenho desse conselho veio de Zates Atour, meu mentor quando comecei a atuar, através da minha agência. Ele sempre me dizia para focar no meu caminho e que o resto viria naturalmente. É fácil se deixar levar pelo hype e se perder no meio de tudo, mas se você mantém o foco, as coisas se encaixam.
Parece que faz muito tempo desde que ganhei o BAFTA. Acho que o conselho que eu daria para os mais jovens seria não perder o espírito infantil na atuação. Eu meio que perdi isso depois de alguns anos – comecei a levar tudo muito a sério. Manter essa leveza ajudaria bastante, porque você continuaria se divertindo e sua imaginação permaneceria mais aberta. No fim das contas, é um trabalho. Embora seja algo difícil, eu amo o que faço – é uma bênção.
Quando leio um roteiro, a história precisa me tocar. Em relação ao personagem, busco nuances que eu possa destacar. Tento encontrar diferenças entre os personagens que já interpretei, para que cada papel seja emocionante e inovador. Nunca quero que alguém adivinhe qual será meu próximo personagem – gosto de manter o público em suspense.
Eu adoraria interpretar um soldado algumas vezes, como Brad Pitt em Bastardos Inglórios e Corações de Ferro. São personagens diferentes, com interpretações diferentes, mas ambos situados em um contexto de guerra. Sempre me interessei por interpretar um soldado jovem, assim como um veterano de guerra. Eu amo filmes de guerra. E, para mim, é importante retratar essa perspectiva a partir da vivência de um homem negro – essas histórias ainda não têm a visibilidade que merecem.